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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Caso Real de uma portadora de TDAH


Sou DDA ou portadora de TDAH, pelo que sei desde que nasci, mas diagnosticada a mais ou menos 2 anos. Mas o que seria isso?

A ABDA (Associação Brasileira de Déficit de Atenção) diz que:

o TDAH é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.

Criei esse blog como uma maneira de me analisar e trocar idéias com outras pessoas que passam por essa condição.

Trato meu DDA com Bupropiona 150mg, Ritalina LA 40mg e esporadicamente Rivotril de 0,25 (uso 2 pra dormir quando a ansiedade é muito grande).


Minhas principais características DDA são

Ansiedade: sempre tenho a sensação de estar perdendo tempo, de que preciso fazer mil coisas, arrumo milhões de coisas pra fazer seja na vida pessoal, trabalho, ajudar amigos, mas a cabeça o tempo todo martela “vc tem que dar conta, vc precisa fazer as coisas” que no final do dia a lista de coisas à fazer continua intacta, não fiz nada e me martirizo demais por isso. Cria-se um círculo vicioso pois mais coisas eu arrumo pra fazer, menos coisas dou conta, mais cresce minha insatisfação. Se eu pudesse não dormiria pois acho perda dde tempo, mas mesmo se não dormisse eu não ia fazer nada, me preocupando demais com o que preciso fazer… ehehehe loucura !!
TDO – Transtorno Desafiador Opositor: Tenho dificuldades em receber ordens. Imagina uma pessoa displicênte, chamada a vida inteira de bagunceira, desordeira, desinteressada e preguiçosa, cheia de vontade de fazer as coisas sem poder, sendo cobrada por tudo aquilo que gostaria de colocar em ordem. Não consigo receber ordens, mas tbm não sei mandar em ngm.
Cabeça nas Nuvens: Penso demais !! Isso às vezes pode ser muito torturante. Em algumas horas consigo pensar em como abrir um negócio, como ele irá se desenvolver, depois penso na minha falta de tranquilidade e em como o negócio irá pras cucuias por causa do meu jeito de ser. Frustrante né? Cheia de idéias, sem força pra tocar nenhuma.
Fora da Realidade: Uma vez li no orkut uma moça que dizia querer morar em sua própria cabeça, lá era melhor que a realidade. Eu concordo. De modo geral em nossas cabeças DDA o pensamento realiza tudo, compreende tudo. Estuda, tira boas notas, trabalha, se dá bem com as pessoas. Na realidade não temos atenção para manter uma leitura desinteressante, nossas notas baixam quando a matéria é chata, perdemos empregos por causa da nossa produção que cai muito quando a coisa se torna rotineira e estagnada, sem estimular nossa criatividade, e acabamos nos isolando socialmente pois não admitimos cobranças e fracassos. Já nos cobramos demais, as pessoas não precisam colaborar.
Criatividade à mil: Sou sim muito criativa. Não aguento rotina, gosto de inovar. Locais diferentes, desafios. Pensar, já penso demais o tempo todo, e quando o problema é interessante a solução flui que é uma beleza.
Tudo ao mesmo tempo e agora: eu gosto de fazer tudo, mas não consigo prosseguir em nada. Eu poderia ser contadora, advogada, cirurgiã, dentista, veterinária, artesã, cantora, atriz e representante comercial, tudo ao mesmo tempo. No entanto sou nutricionista e não acredito na rigidez de algumas regras do meu trabalho. Não creio no fato de que tudo que ingerimos tenha que ser extrictamente calculado, pesado, etc. Exagero, eu sei, mas se eu mesma não consigo seguir uma prscrição nutricional, pq eu tenho que impor que alguém siga? Além do mais “seguir uma dieta” é um saco, é rotineiro, eu não consigo conceber isso. Pronto, foi minha profissão tbm pro ralo.
Facilidade para o aprendizado: Eu posso ler um artigo agora e em seguida consigo apresentá-lo para uma sala cheia de pessoas. Se a pressão for grande ou o assunto interessante o aprendizado é fácil. Só não tenho concentração mesmo. Quando resolvo ler um livro eu não consigo parar enquanto não terminar. Não consigo, tipo, ficarei curiosa para saber acompanhar a historia… é o processo de descoberta, como descobrir as coisas que me interessa. às vezes o final, chegar lá é o menos interessante. Investigar é o lance !!!
Atualmente sou autônoma, atuo com segurança alimentar e controle de qualidade de alimentos, consultora nutricional para creches e estou à procura de um trabalho fixo. Mas nada me interessa.

Essa sou eu. Acho que não esqueci nada.

Fonte da Pesquisa
Imagem do google
http://felinamulhermenina.wordpress.com/

2 comentários:

  1. Uau!!!É incrível como pessoas com o mesmo distúrbio podem ser tão parecidas.
    Eu vivo as mesmas coisas e já fiz muita loucura!
    Loucura de me embananar com as coisas, trocar de tudo; quase coisa de filme.
    Mas sabe, no final das contas parece que somos todos muito criativos. Temos uma quase incômoda mania de não conseguir cobrar dos outros o que não conseguimos fazer. É um compromisso com nossa própria consciência porue nos cobramos demais.
    Sofremos quando fracassamos e temos dificuldade de entender que isso é normal e faz parte do nosso crescimento.
    Acho que com esta criatividade toda, podemos todos ser escritores, não?
    bjs,

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  2. Muito bom seu blog! E sua história é muito parecida com a minha. Eu digo que tenho ciclos e recaídas, justamente quando as coisas caem na rotina. Estou no 4° ano de direito, e até agora não sei bulhufas o que estou fazendo aqui. Acho que é mais pela pressão dos meus pais para que eu tenha uma profissão. Estou em uma recaída, tendo que apelar pra dona Rita... Quando as crises são maiores eu recorro à depoimentos assim como o seu, para ter alguma esperança. Um QI alto até agora só me trouxe problemas, eu anseio inúmeras vezes pela mediocridade, pois assim um peso e tanto sairia dos meus ombros.

    Acho que falei demais.

    Até a próxima. ;)

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