O conhecimento científico sobre as causas do TDAH tem aumentado muito nas últimas décadas.
Já existem inúmeros estudos em todo o mundo -
inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em
diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores
culturais (como os pais educam os filhos, as práticas de determinada sociedade,
etc.)
Ele também não é conseqüência do modo como os
pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.
Estudos com pessoas que tiveram traumatismos,
tumores ou doenças na região frontal orbital (a parte anterior do cérebro, logo
acima da região dos olhos) e que começaram a apresentar sintomas parecidos com
os do TDAH, falam a favor do comprometimento desta área específica.
Estudos de medidas de atividade elétrica
cerebral, fluxo sanguíneo ou atividade cerebral por Tomografia por Emissão de
Pósitrons (um exame chamado PET-Scan, que não está disponível para uso geral,
apenas para pesquisas) têm demonstrado que a atividade cerebral em pacientes com
TDAH está diminuída na região frontal, quando comparada com pessoas sem o
transtorno. Também existe estudo demonstrando um metabolismo diminuído nas
regiões frontais de pacientes com TDAH quando comparados a pacientes com outros
transtornos psiquiátricos, o que reforça a idéia de uma alteração específica do
TDAH e não um achado ligado a problemas psíquicos ou comportamentais em
geral.
O eletroencefalograma (EEG) não mostra
alterações que permitam ao médico fazer o diagnóstico de TDAH. Ele não é
indicado na avaliação destes pacientes.
A região frontal orbital é uma das mais
desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e parece
ser responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir
comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, auto-controle e
planejamento para o futuro.
O que parece estar alterado nesta região
cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas
neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina). Elas passam
informação entre as células nervosas (neurônios). Estudos com o metilfenidato
(um medicamento muito empregado no TDAH) mostram que a medicação aumenta a
quantidade destas substâncias no cérebro, diminuindo os sintomas do
TDAH.
site consulta: http://www.tdah.org.br/
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