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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O que é TDAH?


Sinônimos: transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico que aparece na infância e que na maioria dos casos acompanha o indivíduo por toda a vida. O TDAH se caracteriza pela combinação de sintomas de desatenção, hiperatividade (inquietude motora) e impulsividade sendo a apresentação predominantemente desatenta conhecida por muitos como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção a prevalência do TDAH gira em torno de 3 a 5% da população infantil do Brasil e de vários países do mundo onde o transtorno já foi pesquisado. Nos adultos estima-se prevalência em aproximadamente 4%. Segundo o DSM-5, levantamentos populacionais sugerem que o TDAH ocorre na maioria das culturas em cerca de 5% das crianças e 2,5% dos adultos.

Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5ª Ed. 2013), o TDAH é mais frequente no sexo masculino do que no feminino na população geral, na proporção de 2:1 em crianças e de 1,6:1 em adultos, com maiores chances de pessoas do sexo feminino se apresentarem primariamente com características de desatenção em comparação com as do sexo masculino.

Tipos
O TDAH pode se apresentar com sintomas de desatenção e de hiperatividade ou impulsividade. De acordo com a quantidade desses sintomas, podemos classificar o TDAH em três subtipos:

Apresentação combinada: Se tanto os critérios de desatenção e hiperatividadeimpulsividade são preenchidos nos últimos 6 meses
Predominantemente desatento: quando os critérios de desatenção é preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de hiperatividade não são
Predominantemente hiperativo-impulsivo: quando os critérios de hiperatividade é preenchido nos últimos seis meses, mas os critérios de desatenção não são
Em geral, para cada critério ser preenchido, crianças precisam apresentar seis ou mais sintomas, enquanto adultos e adolescentes com mais de 17 anos podem apresentar até cinco para serem classificados dessa forma.

Além disso, a pessoa pode ter três diferentes graus de TDAH:

Leve: Poucos sintomasestão presentes além daqueles necessários para fazer o diagnóstico, e os sintomas resultam em não mais do que pequenos prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou professional
Moderada: Sintomas ou prejuízo funcional entre “leve” e “grave” estão presentes
Grave: Muitos sintomas além daqueles necessários para fazer o diagnóstico estão presentes, ou vários sintomas particularmente graves estão presentes, ou os sintomas podem resultar em prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional.
Causas
O TDAH é um dos transtornos psiquiátricos mais bem estudados no mundo, entretanto existe um questionamento contínuo sobre a sua origem e até o momento não há um consenso científico sobre as suas reais causas, ou seja, quanto a ele ser inato (genético) ou adquirido (ambiental).

Considerando-se que o TDAH é um transtorno heterogêneo (manifesta-se de inúmeras formas) e dimensional (os sintomas se combinam nos mais variados graus de intensidade) é possível inferir a complexidade da questão, com múltiplas causas e fatores de risco. Assim, ainda continua difícil precisar a influência e a importância relativa de cada fator no aparecimento do transtorno, havendo necessidade de mais pesquisas sobre o tema.

Em suma, a maioria dos estudiosos concorda com a origem multifatorial do TDAH, com seus componentes genéticos e ambientais, em que provavelmente vários genes anômalos de pequeno efeito em combinação com um ambiente hostil, formatariam um cérebro alterado em sua estrutura química e anatômica.

Podemos dividir os fatores que causam o TDAH em fatores neurobiológicos (que incluem genética e anormalidades cerebrais) e fatores ambientais. Entenda melhor cada um deles:

Fatores Genéticos

Os fatores genéticos parecem ter um papel bastante relevante na origem do TDAH. As pesquisas são concordantes e mostram que a prevalência de TDAH é bem maior em filhos e familiares de pessoas com TDAH em relação a pessoas sem o problema e que a herdabilidade média do TDAH é estimada em 76%.
Estudos usando famílias e casos de gêmeos e adoção estabeleceram as bases genéticas do TDAH, apoiando a contribuição genética para o surgimento do transtorno. Estudos verificaram que 60% das crianças com TDAH tinham um dos pais com o transtorno, que a probabilidade da criança ter o TDAH aumenta em até oito vezes se os pais também tiverem o problema; que entre familiares de pessoas com TDAH o risco de se ter o transtorno era cinco vezes maior que o de pessoas sem história familiar; que apesar de não haver diferenças importantes na incidência de TDAH entre pais e irmãos de filhos adotivos comparados a pais e irmãos da população controle, havia um padrão familiar de TDAH entre os pais e irmãos biológicos de crianças com TDAH.

Anormalidades cerebrais

Muitos estudos de imagem feitos no cérebro mostraram evidências de disfunção em pessoas com TDAH (no córtex pré-frontal, núcleos da base, cerebelo e outras).
Fatores ambientais

Baixo peso ao nascer (menos de 1.500 g) confere um risco 2 a 3 vezes maior para TDAH, embora a maioria das crianças que nascem com baixo peso não desenvolva o transtorno.
Embora o TDAH esteja correlacionado com tabagismo na gestação, parte dessa associação reflete um risco genético comum.

Uma minoria de casos pode estar relacionada a reações a aspectos da dieta.

Pode haver história de abuso infantil, negligência, múltiplos lares adotivos, exposição a neurotoxinas (chumbo), infecções (por exemplo: encefalite) ou exposição ao álcool durante a gestação. Exposição a toxinas ambientais foi correlacionada com o TDAH subsequente, embora ainda não se saiba se tais associações são causais.


Sintomas de TDAH
O DSM-5 tem alguns critérios que definem o diagnóstico de uma criança ou adulto com TDAH.

Em primeiro lugar, é necessário que a pessoa apresente um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfira no funcionamento e no desenvolvimento. Para tanto, ela precisa apresentar sintomas destes dois aspectos.

Sintomas comuns de desatenção:

Deixar de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou durante outras atividades
Ter dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
Não escutar quando lhe dirigem a palavra
Não seguir instruções e não termina deveres de casa, tarefas domésticas ou tarefas no local de trabalho
Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades
Evitar, não gostar ou relutar em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (tarefas escolares, deveres de casa, preparo de relatórios etc.)
Perder objetos necessários às tarefas ou atividades
Ser facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos pode incluir pensamentos não relacionados)
Ser esquecido em relação a atividades cotidianas.
Sintomas comuns de hiperatividade e impulsividade:

Remexer ou batucar mãos e pés ou se contorcer na cadeira
- Levantar da cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado (sala de aula, escritório, etc.)
Correr ou subir nas coisas, em situações onde isso é inapropriado ou, em adolescentes ou adultos, ter sensações de inquietude
Ser incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente
Não conseguir ou se sentir confortável em ficar parado por muito tempo, em restaurantes, reuniões, etc.
Falar demais
Não conseguir aguardar a vez de falar, respondendo uma pergunta antes que seja terminada ou completando a frase dos outros
Ter dificuldade de esperar a sua vez
Interrompe ou se intrometer em conversas e atividades, tentar assumir o controle do que os outros estão fazendo ou usar coisas dos outros sem pedir.
Em geral, é preciso que a criança apresente seis ou mais desses sintomas por mais de seis meses antes de ser feito o diagnóstico. Já em adultos ou adolescentes (com mais de 17 anos), é preciso apresentar apenas cinco destes sintomas.

Vários sintomas de desatenção ou hiperatividade-impulsividade estavam presentes antes dos 12 anos de idade e em mais de dois ambientes, como a casa, escola, trabalho, com amigos...

É preciso haver evidências claras de que os sintomas interferem no funcionamento social, acadêmico ou profissional ou de que reduzem a sua qualidade. E os sintomas não devem ser mais explicados dentro de outro transtorno mental, como transtorno bipolar, transtorno de personalidade, entre outros...

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 diagnóstico e exames
Buscando ajuda médica
Se você estiver preocupado com o seu filho e suspeitar, pelos sinais apresentados, que ele tenha o TDAH, consulte logo um especialista no tema. Os médicos habilitados a fazerem um diagnóstico correto do TDAH precisam ser muito experientes no reconhecimento dos sintomas e no tratamento do TDAH.

Os profissionais geralmente mais capacitados são os (neuro)psiquiatras, (neuro)pediatras e neurologistas. Entretanto, em virtude da maioria das comorbidades do TDAH ser de cunho psiquiátrico, o mais comum é que indivíduos com o transtorno procurem um psiquiatra. No caso de crianças e adolescente, recomenda-se que os profissionais sejam da área da infância e adolescência e experientes no assunto.

Caso você ou seu filho já tiverem sido diagnosticados com TDAH e já iniciaram o tratamento, o mesmo deverá ser feito regularmente, sempre de acordo com as instruções dadas pelo profissional.

Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar o TDAH são:

Psiquiatra
Neuropsiquiatra
Neuropediatra
Neurologista
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
Histórico médico, incluindo outras condições que você tenha apresentado bem como os medicamentos ou suplementos que esteja tomando com regularidade
Receitas anteriores com os medicamentos já tomados
Histórico de outras doença psiquiátricas.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

Qual o principal motivo pelo qual você veio à consulta?
Quais os sintomas que mais o prejudicam?
Quando e como começaram?
Os sintomas são frequentes ou ocasionais?
Outras pessoas da família apresentam ou já apresentaram quadro parecido?
Você tem ou já teve outros problemas de saúde e quais?
Como é ou era o seu comportamento na escola?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar.

Diagnóstico de TDAH
O diagnóstico para TDAH é inteiramente clínico, feito por médico especialista em TDAH. Não é necessário exame de ressonância, eletroencefalograma ou qualquer outro que avalie características físicas. Também não é preciso fazer avaliação neuropsicológica, só em certos casos.

O processo diagnóstico de TDAH segue uma relação de critérios médicos específicos, incluindo a determinação de subtipo, nível de remissão e gravidade do transtorno.

Geralmente as consultas de pessoas com TDAH são mais longas, pois é preciso colher as histórias não só do paciente, como também as de seus familiares mais próximos (pais, irmãos, avós, etc.), em função da grande herdabilidade do TDAH.

Não menos importante é saber como transcorreram a gestação, parto, período pós-parto, o desenvolvimento neuropsicomotor, a esfera social e a escolaridade (para adolescentes investigar também a vida acadêmica, se há planos para ingressar em faculdade, etc., e para adultos saber como está sendo a vida conjugal e profissional).

A primeira consulta deve ser feita só com a mãe ou com os pais. A segunda deve ser feita com o paciente que pode ser a criança ou o adolescente. E a terceira, com todos reunidos.

É também muito importante entender com detalhes o funcionamento da dinâmica familiar do paciente, ou seja, qual é o modo que os pais e familiares lidam com ele, se os pais o rotulam ou se fazem comparações com irmãos ou colegas, se eles sabem que o filho apresenta um transtorno que tem tratamento, entre outras questões.

Inclusive, alguns adultos precisam chamar os pais, ou o cônjuge ou outros familiares para reportarem como se transcorreram nos primeiros anos de vida, pois muitos adultos podem não se recordar de dados importante de sua infância, escolaridade e outros dados da vida. Os especialistas que tratam o TDAH só fazem o diagnóstico do transtorno após a obtenção de todos os dados necessários ao mesmo.

O TDAH costuma ser observado com mais facilidade durante o ensino fundamental pela desatenção, que fica mais saliente e prejudicial.

Na adolescência, a hiperatividade costuma diminuir podendo limitar-se a comportamentos mais irrequietos ou sentimentos de inquietude interna e impaciência. O transtorno pode permanecer “estável” neste período, mas alguns têm piora no curso da doença e podem apresentar comportamentos antissociais.

A maioria dos adolescentes e adultos com TDAH apresentam redução da atividade motora, embora persistam sintomas de desatenção, inquietude, impulsividade e comprometimento das funções executivas (planejamento, organização, etc.).

O adulto costuma sofrer de desatenção, inquietude, impulsividade e presença de compulsões.

Uma parcela significativa de crianças com TDAH permanecem prejudicadas por toda a vida.

 tratamento e cuidados
Tratamento de TDAH
O tratamento precoce do TDAH é o “ponto-chave” para que a vida daqueles que têm o transtorno seja mais saudável, produtiva e com mais qualidade. Por isso é imprescindível que os sintomas sejam logo identificados e tratados corretamente.

O tratamento de crianças e adolescentes com TDAH é multidisciplinar, ou seja, se baseia na intervenção com profissionais de várias áreas, como os da área médica, de saúde mental e pedagógica. Avaliações com psicólogo, fonoaudiólogo, psicomotricista, otorrinolaringologista, oftalmologista, e outros, podem ser necessárias, conforme a demanda de cada caso.

Os psicoestimulantes são o padrão-ouro no tratamento do TDAH até os dias atuais. Eles apresentam um alto poder de eficácia e melhoram o funcionamento das áreas cerebrais responsáveis pelos sintomas do transtorno.

Portadores do TDAH e familiares devem frequentar Grupos de Apoio Psicoeducativos sobre o TDAH, nos quais o profissional de saúde falam tudo sobre o transtorno com informações claras e objetivas, para que eles aprendam a lidar com os sintomas e também possam trocar vivências e experiências com outros portadores e familiares. A orientação aos pais é fundamental, pois os instrui sobre a doença, facilita o convívio em família, os ensinam a lidar com a criança e como prevenir futuras recaídas.

Em relação às intervenções psicoterápicas, a mais estudada e com maior evidência científica de eficácia para os sintomas cardinais do TDAH é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). Crianças com TDAH muito desadaptativas demandam técnicas comportamentais que podem ajudar muito. Nem toda a criança com TDAH necessita fazer psicoterapia, o quadro sempre exige orientação familiar.

Nos casos mais complexos, com prejuízo funcional em várias áreas, presença de comorbidades e pais de opiniões discordantes, devemos iniciar o tratamento pela psicoeducação familiar e suporte educacional.

Nas famílias em que o TDAH for frequente, deve-se ter muito cuidado com as variáveis ambientais que possam servir de gatilho para aqueles que tiverem predisposição ao transtorno.

Medicamentos

O tratamento de primeira linha do TDAH é psicofarmacológico e feito com drogas psicoestimulantes aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que são o Metilfenidato (MPH) e o Dimesilato de Lisdexanfetamina, ambos com alto poder de eficácia (78%) no tratamento de crianças acima dos seis anos, adolescentes e adultos com TDAH.
Apesar do nome, essas drogas na verdade têm um efeito “calmante” em pessoas com TDAH, e os resultados positivos do tratamento não tardam a serem percebidos pelo paciente, escola e pelos que convivem com eles.

O MPH é encontrado na forma de liberação imediata (curta ação, 4h) e na forma de liberação prolongada (8h e 12h de ação). O Dimesilato de Lisdexanfetamina é um psicoestimulante derivado da anfetamina e de ação prolongada de 13 horas.

No Brasil temos três medicamentos à base de Metilfenidato e um, derivado de anfetamina.

As medicações à base de MPF devem ser feitas de acordo com o peso da pessoa. Já os derivados anfetamínicos não dependem do peso. As doses devem ser feitas nas doses indicadas, sob risco de fazermos subdoses e com isso não obtermos os resultados esperados.

Outras drogas são consideradas de 2ª escolha e não têm efeito na desatenção: Imipramina, Nortriptilina e Bupropiona (Antidepressivos). E a Clonidina (Anti-hipertensivo).

Na prática, os efeitos adversos são raros, o mais comum é falta de apetite.

Principais efeitos colaterais:

Perda de peso
Sintomas gastrointestinais (náusea, dor abdominal)
Insônia
Tonturas
Irritabilidade, labilidade afetiva
Tiques.
É importante relatar qualquer um desses efeitos ao médico, que saberá aconselhar a melhor forma de dribrá-los.


http://www.minhavida.com.br/saude/temas/tdah