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sábado, 3 de junho de 2017

UNIVERSO DE UM tdah


R.D.S, empresário, 38 anos - o erro de sempre querer agradar os outros.


Desde os tempos da pré-escola, sempre tive como meta ser o melhor aluno da sala.
Tudo que eu fazia tinha que ser melhor que os outros. Por isso, me lembro de que eu não era uma criança normal. Não brincava. Ao invés disso, passava horas e horas estudando.
Certa vez, um fato inusitado aconteceu. Diferente de todos os pais com filhos na escola, meu pai pediu para que eu estudasse menos e brincasse mais.
Claro que o resultado disso eram notas perfeitas. Era sempre o melhor aluno da sala de aula.
Sempre escondi de todos que eu estudava tanto assim. Tinha vergonha de dizer que saía da sala de aula sem entender quase nada. Durante as explicações dos professores, sem querer eu viajava. E pra bem longe. Vivia "no mundo da lua". Não conseguia me concentrar. E quando conseguia entender a matéria, logo a esquecia. Por isso, a necessidade de estudar. Mas tinha que estudar muito e sempre na véspera das provas, pois em poucos dias eu esquecia toda a matéria.
Toda a minha vida acadêmica foi assim. Estudando, aprendendo e esquecendo.
Além da minha vida acadêmica, tive problemas também na vida profissional e na vida social. Na vida profissional, me esforçava muito para manter a concentração. Lia e relia textos diversas vezes para entender.
Qualquer fato externo me dispersava. Quando me passavam uma tarefa eu viajava mas fingia que entendia e depois levava muito tempo até decifrar o que haviam me pedido.
Adquiri algumas técnicas para evitar meu esquecimento. Algumas viraram até manias. Por exemplo, quando eu chegava em casa, abria a internet e visitava alguns sites de notícias de acordo com a sequência que eu tinha criado na cabeça. E virei escravo dela. Podia chegar de madrugada do trabalho, mas eu tinha que ligar o computador e ver a sequência dos sites. Mesmo cansado e com sono, aquilo pra mim era uma obrigação.
Ao lado de família e amigos, esquecia datas e momentos marcantes. Por isso, muitas vezes me julgavam como uma pessoa que "não se importava com ninguém".
Como meu esquecimento a falta de atenção e de concentração estavam prejudicando inclusive minha vida social, fui atrás de respostas para entender o que se passava comigo.
Nas buscas pela internet, li um depoimento de uma pessoa que sofria de TDAH. Parecia que eu estava lendo a história da minha própria vida. A pessoa citava um trabalho que deveria fazer no começo do dia, mas tudo a dispersava. No final do dia, ela tinha feito um monte de coisas pela metade e não tinha terminado aquela principal atividade da manhã.
Pesquisei melhor sobre o assunto, li mais artigos e depoimentos e queria começar um tratamento na melhor especialista na área. Foi quando eu conheci a Dra. Cleide, que confirmou minha suspeita de ter TDAH.
Realizar a terapia foi a melhor atitude que eu tive em minha vida. Descobri o quanto eu era negativo. O fato de querer sempre agradar os outros só me prejudicava. Diante de algum fracasso, minha baixa-estima era visível. Em tudo na minha vida, eu tinha que ser sempre o melhor. Eu era onipotente. Eu não era humilde.
Mas como assim eu não era humilde? Pelo contrário, eu me sentia um fracassado!
A terapia me mostrou que sim, que eu não era humilde. Por que a ambição de ser perfeito? Na escola e no trabalho, sempre quis ser o melhor também. Pra quê? Pra agradar os outros? Infeliz pela felicidade dos outros? Isso me deixou acomodado no trabalho, pois o fato de eu ser o melhor me deixava em uma posição cômoda, sem ser desafiado e sem perspectiva de crescimento. Por isso, ganhava mais tarefas e isso me revoltava cada vez mais. O erro é que eu “não reconhecia e não usava meu potencial”.
Claro, na minha cabeça, o importante era agradar os outros.
Após as terapias, enxerguei coisas que eu não enxergava. Hoje, eu me amo mais, me valorizo mais e sou uma pessoa mais positiva.
Além da terapia, tomo diariamente um estimulante, que me mantém mais concentrado. Noto claramente os benefícios. Antes, era um sacrifício manter a atenção em uma conversa. Sob efeito da medicação, é mais fácil.
Portanto, o primeiro passo foi reconhecer meus erros e perceber que minha vida precisava mudar.
Vale a pena correr riscos. Vale a pena o desafio!

http://www.universotdah.com.br/erro-sempre-querer-agradar-outros.html

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