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quinta-feira, 11 de março de 2010

TDAH E O INSUCESSO NA ESCOLA!


Entre o ensinante e o aprendente abre-se um campo de diferenças onde se situa o prazer de aprender. O ensinante entrega algo, mas para poder apropriar-se daquilo o aprendente necessita inventá-lo de novo. É uma experiência de alegria, que facilita ou perturba, conforme se posiciona o ensinante. Ensinantes são os pais, os irmãos, os tios, os avós e demais integrantes da família, como também os professores e os companheiros na escola.
É importante analisar, para tanto, do que a família exatamente se queixa quando procura um psicopedagogo. Ela pode vir ao consultório porque está exausta e precisa de ajuda, ou porque a escola pediu uma avaliação, ou ainda, porque a psicóloga quer uma visão psicopedagógica para traçar uma estratégia de abordagem junto à escola, ou ainda porque o neurologista mandou. Para cada demanda, lê-se uma necessidade diferente e uma possibilidade de envolvimento mais ou menos comprometida com a criança e seu desenvolvimento. É diferente se a queixa se concentra na preocupação dos pais com o futuro de seus filhos, ou se a queixa tem por interesse o bom andamento das avaliações escolares.
Posto dessa forma interessa-nos não apenas se a criança sofre de um transtorno, um déficit ou uma síndrome, mas também quem são os ensinantes dessa criança. Esse dado será fundamental para traçarmos um plano de ação que se estenda à família, à escola e aos outros profissionais que podem estar envolvidos no processo.

Os pontos em comum
Tem sido muito comum nos consultórios de psicopedagogia a queixa de pais que verdadeiramente desabam, denunciando estarem exaustos com a rotina estressante que seus filhos lhes impõem. Discorrem as várias estratégias já tentadas com o objetivo de atendê-los em suas necessidades e agitação, todas elas, na maioria das vezes, ineficazes. Os pais compreendem o que acontece com seus filhos e ficam perplexos diante do tumultuo que causam em suas famílias. À medida que se estabelece a anamnese, é comum os pais se referirem ao transtorno do Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH).No entanto, junto com a demonstração de conhecimento do fato, aparece o discurso de que seus filhos são inteligentes, que quando lhes interessa prestam atenção, que eles aprendem só o que não é para aprender, que eles esquecem as matérias da escola, mas lembram com detalhes das regras de um game. Enfim, evidencia-se a dúvida em relação ao transtorno por entenderem que, se tivessem o transtorno (TDAH) teriam de ser menos inteligentes e menos competentes de forma geral.
O mesmo acontece com os professores. Quando procurados para saber o motivo pelo qual encaminharam ou deram apoio para a procura de um diagnóstico psicopedagógico de determinado aluno, é comum revelarem que ficam na dúvida entre um transtorno de Déficit de Atenção e o perfil de preguiçoso. Muitos professores entendem o comportamento de uma criança agitada e dispersa como falta de vontade para estudar, para fazer as lições, terminar uma prova, etc. Quando tentamos tipificar o comportamento, os professores afirmam que quando eles desejam, fazem; que eles não param quietos, no entanto ficam horas e horas na frente do computador ou tocando um instrumento, não decoram a tabuada, mas sabem cantar uma música inteira. Alguns professores reclamam que esses alunos são terríveis, não param quietos e não respeitam regras e contratos disciplinares, porém sabem todas as regras do futebol. Percebem que a criança é inteligente para algumas coisas e muito ágil mentalmente para tudo que lhes interessa, menos para os estudos.
Ouvindo tanto os pais quanto os profissionais da escola o que se percebe é o cansaço que essas crianças causam em seus pais e professores e a dúvida de como eles, sendo tão ágeis e inteligentes, não conseguem prestar atenção e desenvolver, com sucesso, atividades corriqueiras do dia-a-dia, que são propostas tanto pela família quanto pela escola, tais como arrumar o quarto, fazer as lições escolares, obedecer a regras combinadas, dentre outras. A incapacidade de prestar atenção ou de ficar quieto leva os adultos que convivem com essas crianças a considerá-las malandras e, freqüentemente, são rotuladas de irresponsáveis, malcriadas, endiabradas, avoadas, surdas e até mesmo, pouco inteligentes. O rol costuma ser de adjetivos pejorativos e, como resultado, os pais e educadores vivem conflitos entre sentirem-se impotentes diante da criança e a vontade de ajudá-los. Não percebem o esforço que essas crianças fazem para obter sucesso em suas tarefas e que se fazem coisas com aparente facilidade é porque estavam altamente estimulados para aquela investida.

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
Esse transtorno tem por característica essencial “um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade, mais freqüente e grave do que aquele tipicamente observado nos indivíduos em nível equivalente de desenvolvimento”. (Manual de Transtornos Mentais – DSM)
Quando a criança apresenta problemas de convívio social, de rendimento escolar, ou ambos, fica mais fácil identificá-los e encaminhá-la para atendimento. O diagnóstico é clínico e caracteriza-se por duas formas: predomínio do padrão hiperativo-impulsivo e tipo predominantemente desatento, embora possa haver o tipo combinado, que apresenta características dos dois grupos.
Para ser considerado portadora de TDAH é preciso que a criança apresente os sintomas há mais de seis meses e que eles apareçam em situações diversas.[1] A criança predominantemente hiperativa-impulsiva apresenta inquietação, não parando sentada ou quieta - não se mantém sentada por muito tempo, cai da cadeira, se mexe mais do que o necessário, anda mais do que o necessário, fala excessivamente, não consegue esperar que o outro termine o que está falando, tem muita dificuldade em permanecer em silêncio, responde a perguntas antes que elas sejam formuladas completamente, age como se fosse “movida a motor” e tem dificuldade para esperar sua vez.
A predominantemente desatenta tem dificuldade para prestar atenção, esquece coisas rotineiras ou deixa de fazer coisas importantes, parece não ouvir quando se fala com ela, tem dificuldade de organização e não enxerga detalhes. Freqüentemente perde objetos e não suporta atividades que requeiram esforço mental prolongado.
Ambas podem, ainda, apresentar dificuldade para terminar uma tarefa, para respeitar limites e regras, para dormir e para relacionar-se. Algumas crianças não suportam frustrações e, por conseqüência, frustram-se muito; outras não avaliam o perigo, não aprendem com os erros do passado e são difíceis de agradar. Há, também, as que são agressivas, inflexíveis e com percepção sensorial baixa. Muitas crianças têm dificuldades com a aprendizagem e com as tarefas escolares.

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