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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

TDAH Casos reais











Gostaria de compartilhar meu depoimento. Tenho 27 anos, um filho de 5 anos e uma longa história.Com uns 8 anos de idade comecei a ir mal na escola. Eu simplesmente não absorvia nada que era ensinado. Em algumas matérias, como português, eu ia bem na parte de interpretação de texto, mas no que exigia mais raciocínio tipo gramática, matemática, geografia eu ia muito mal.
Ficava extremamente envergonhada e parei de falar na escola. Meus pais não faziam ideia, por que em casa eu era bem falante.
Na escola me tornei tímida, e torcia por nenhuma professora me chamar para responder algo. Tentava constantemente ser invisível.
Todo ano eu quase repetia, ficava para recuperação junto com os meninos "bagunceiros" da sala. Na 5a série eu estava quase repetindo o ano, quando minha mãe me mudou de escola em outubro. Fiz o finalzinho do ano e os outros numa escola que não repetia ninguém.
Eu acreditava fielmente que era burra, que no futuro se eu ganhasse um salário de mil reais no máximo já estaria bom.
Tudo que me ensinava eu esquecia imediatamente. E isso foi se prolongando durante minha vida. Como me formei com 17 anos, minha mãe já me arrastou para o vestibular e eu fiz faculdade.
Até hoje não sei como passei pelos módulos. Era como se eu não estivesse lá. Isso me trazia insegurança para arrumar um emprego na área, porque eu tinha vergonha que descobrissem que eu não sabia nada.
Não parava nem 6 meses no mesmo emprego, pela minha desatenção. Acabei me interessando pela área e busquei por vontade própria duas pós-graduações. Foi ai que consegui entender um monte de coisas.
Engravidei e no hospital que meu filho estava eu conversei com uma psicóloga sobre como eu me sentia vazia, porque não aprendia nada. Ela me falou sobre TDAH e orientou que eu procurasse um neuro ou psiquiatra.
Foi o que fiz e todos confirmaram que eu não era burra, apenas tinha TDAH. Fiquei feliz em descobrir porque não me interessava por nada, esquecia e tudo a minha volta era uma bagunça.
Descobri que sou muito inteligente naquelas áreas que eu me interessava, pois quando estava no mundo da lua, aprimorava minha criatividade. Hoje lido bem com esses aspectos, mas ainda estou aprendendo a organizar minha vida.
Minha casa vira uma bagunça em questão de segundos e eu nem sei por onde começo a arrumar. Não consigo seguir uma rotina com facilidade. Por isso me policio muito, para tentar deixar as coisas em ordem, já que tenho um filho e ele precisa de um lar saudável. É difícil, é triplamente mais difícil. Para alguém normal essas coisas são básicas, para mim é um martírio. Eu me canso mais, mas eu consigo!


2ºCaso


"Meu filho tem sérios problemas de aprendizagem. Resolvi procurar por ajuda médica, pois depois de acompanhá-lo detidamente, percebi que ele não é preguiçoso, descompromissado, como já escutei e devo dizer, repeti. 
Ele é um garoto ótimo, de bom relacionamento com todos e com uma compaixão que eu não sei explicar de onde veio. 
Lendo os depoimentos neste site, principalmente das pessoas que passam por esse sofrimento, resolvi marcar com um profissional da área. Se o diagnóstico não for esse, vamos a outros passos, mas se for, terei impedido o meu menino de sofrer o que eu li aqui. A todos que colocaram seu depoimento, minha solidariedade e principalmente o meu respeito. A partir de hoje vocês também fazem parte da minha família e onde eu puder divulgarei a TDAH. 
Sorte e força!!!


3º Caso
Tenho 34 anos, 2 filhos e uma história agitadissíma com meu filho mais velho.
Desde quando ele entrou na escola achei que havia algo diferente. Sempre muito agitado e com dificuldade na alfabetização e aprendizado. Até questionava os professores à respeito, mas eles por inexperiência me diziam que estava tudo bem.
Até que quando chegou ao 2ºano, as dificuldades aumentaram ainda mais, ele não conseguia acompanhar a turma, não sabia ler nem ao menos juntar as sílabas. Foi um ano terrivel e eu trabalhava com esquemas de plantão o que dificultava ainda mais poder ajuda-lo. No final do ano juntamente com a coordenadora e psicopedagoga da escola
decidimos que no inicio do próximo ano faríamos uma avaliação com profissional adequado.
E assim foi, no incio das aulas levei ele a um neurologista especializado em disturbios da aprendizagem, ele fez muitos exames e foi um periodo um pouco demorado até que veio a confirmação TDAH. 
Um choque, pois era muito desinformada a respeito e não sabia como lidar. 
Hoje ,2 anos após, ele continua o tratamento com medicações, fonoaudióloga e psicopedagoga. Uma verdadeira maratona. Larguei meu trabalho depois de um acordo com meu esposo e hoje passo a semana a leva-lo para as terapias, consultas médicas e o ajudo a realizar as tarefas. 
Lentamente estamos caminhando, hoje muito mais informada e sabendo que tudo acontecerá no tempo dele. 
Com certeza ao seu lado, para o que der e vier!!


Tenho uma filha de 8 anos com TDAH, tudo o que li. nos depoimenttos me identifico muito. Minha preocupação hoje. é que terei um bb daqui a 20 dias e todos me alertam sobre a minha filha, como se ela fosse uma grande ameaça. Não sei realmente o que fazer. Ela tem piorada a agressividade a cada dia. Amo muito minha filha e meu bb que está chegando também. Ela vai repetir o ano, e queria mudá-la de escola pelo constrangimento que vai passar, mas ela não quer. Me ajudem



Tenho 27 anos, e minha vida encontra-se um turbilhão..
Recentemente fui fazer uma consulta e ao invés de me ajudar, fiquei triste." Querida o seu problema é emocional,e não orgânico,você tem que gostar mais de si,uma pessoa que não sabe o que é ansiedade não consegue se enxergar,você é muito racional,seja mais humana,use mais o seu emocional".
Fui uma criança muito briguenta na escola,reprovei na escola 4 vezes,eu não aprendia,era teimosa e escrevia muitas palavras erradas,aprendi a ver as horas na 6ºsérie, e tinha muita vergonha de perguntar as coisas,até que eu tinha coleguinhas,mas eu era mandona.
Na minha adolescência acho que foi a pior fase,eu literalmente passei pelo 2ºgrau "vooando", pois não absorvi quase nada e hj tenho sérias dificuldades em conteúdos e cálculos, estou fazendo cursinho pré vestibular ha 2 anos( parece que não raciocino), as vezes tenho dificuldade com relógios de ponteiros, direita e esquerda,esqueço fácil as coisas,levanto muito da cadeira quando estudando, tenho poucas amigas,sou pavio curto,e me sinto burra e não acredito no meu potencial aliás nem sei o que é isso.
Sonho em ser médica, mas muitos falaram que do jeito que sou não vou para frente.
Com 26 anos procurei o 1 médico para tratar disto,ainda não sei se tenho TDAH ou TAG ...





Conclusão






Conclusão

Diante de tudo o que foi pesquisado, estudado e apresentado, percebe-se de forma evidente que os portadores de TDAH, em muitas situações, são vítimas de preconceito, vistos como um “problema” sem solução, mal educados e desobedientes, muitas vezes até pelos próprios pais. Daí a importância do esclarecimento do transtorno a toda população, mostrando que o TDAH tem tratamento e que o portador pode levar uma vida normal. Mas antes de qualquer coisa faz-se necessário realizar um diagnóstico criterioso para que não se rotule indiscriminadamente as crianças como portadoras de TDAH. O número de crianças pequenas que estão medicadas com psicofármacos é demasiado, e crescente, além dos efeitos não estudados em longo prazo, corre-se o risco de sabotar as mentes criativas e personalidades peculiares que estão por trás dos rótulos de TDAH.

Depois de diagnosticado é importante, também, tratar a família que sofre da mesma maneira, trabalhando suas angústias, medos, ansiedades e frustrações, pois é afetada de forma direta e tem toda sua dinâmica alterada.

Para que haja bons resultados no tratamento, o portador deve sentir-se acolhido, aceito e compreendido em suas dificuldades, principalmente nos momentos de impulsividade, para tanto, além da família, é necessário trabalhar junto da escola como um todo. Deve-se também desenvolver técnicas e maneiras específicas de lidar com a criança, pois ela é uma pessoa com particularidades e individualidades e isso deve ser respeitado no momento de tratá-la, procurando a melhor forma de atendê-la.

REFERÊNCIAS

Associação brasileira do déficit de atenção – ABDA. TDAH, Rio de Janeiro
Imagem do google

Dossiê TDAH – Um transtorno com déficit de diagnóstico






Meu filho tem TDAH”
Mal educado? Sem limites? Impossível? Agitado demais? Hiperativo? Chegar ao diagnóstico de TDAH não é fácil. Envolve muitos julgamentos, preconceito e desinformação. A engenheira química Vivian Sampaio, brasileira, que mora nos Estados Unidos há 11 anos, conta sua história com o filho Thiago, hoje com 7 anos. Como ela descobriu, aceitou e está aprendendo a lidar com o problema

”Se você não chegar aqui em uma hora, vou chamar a polícia!”. A ameaça foi feita pela diretora da escola do maternal do meu filho Thiago, então com 4 anos e meio. Era novembro de 2008 e, ironicamente, a ligação telefônica não poderia ter vindo em melhor hora. Eu vivia há oito anos na cidade de Houston, Texas (EUA), trabalhando em uma empresa de engenharia e cuidando, com meu marido, do Thiago e da minha filha maior, a Nicole, na época com 6 anos e meio. De fato, não imaginava que aquela ligação da escola me faria despertar para uma realidade que eu não estava muito a fim de enfrentar: meu filho precisava de ajuda. E eu também.

Thiago era um menino ativo, como qualquer outro da sua idade. Era tudo que eu pensava. Como eu sempre vivi em um mundo mais feminino, por ter duas irmãs, duas sobrinhas e uma filha, eu não achava que o Thiago tinha um comportamento “fora do normal”.

Passado o momento de raiva, depois da ligação da diretora, decidi investigar. Foram dois anos de busca e hoje, novembro de 2010, escrevo do avião voltando de Atlanta, onde participei por três dias de palestras com os médicos, os psicólogos e os educadores mais renomados naquilo que, por fim, descobri que o Thiago tinha: Transtorno e Déficit de Atenção e Hiperatividade, mais conhecido como TDAH. Foi uma conferência internacional sobre o assunto realizada pelo Chadd (www.chadd.org), uma organização dedicada a crianças e adultos com o problema. Comprei dez livros, conversei com médicos, fiz anotações com dicas práticas para aplicar no dia a dia do Thiago e chorei… Sim, chorei por reconhecer que Thiago definitivamente tem TDAH, uma doença que atinge cerca de 5% das crianças sendo que 50% continuam com os sintomas na idade adulta. E pior: não tem cura, já que os sintomas são diretamente relacionados a uma deficiência cerebral.

Como cheguei até aqui? Bem, depois de o Thiago ser “convidado a sair” da escola onde fazia o maternal e da diretora, insistentemente, perguntar se eu havia consultado um médico para entender melhor o comportamento “selvagem” dele, decidi colocá-lo em uma outra escola, com um estilo mais rígido e tradicional de educação. Pensei que assim o Thiago iria se encaixar nos padrões “normais” de comportamento. Ilusão. Nada mudou. Recebia ligações frequentes da professora e insinuações de que eu não colocava limites no Thiago. Mas aos poucos fui notando que ele tinha um comportamento “diferente” das demais crianças.


http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI205152-10498,00.html