CRIANÇAS FELIZES DEMAIS

.

CRIANÇAS FELIZES DEMAIS

.

Seguidores do Saber !

Seguidores

Direitos de Imagens

Direitos de Imagens
Toda imagem visualisada neste blog,São de origem do Google

.

Colabore Conosco clique em nossos anùncios. Obr.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

'Treinar' pais de criança autista reduz sintomas do transtorno

 

'Treinar' pais de criança autista reduz sintomas do transtorno

Pesquisa demonstrou eficácia de método que ensina os pais a estimular o desenvolvimento de bebês com sintomas de autismo

Em um novo estudo, pesquisadores concluíram que um determinado tratamento, aplicado nos primeiros anos de vida de um bebê com sinais de autismo, pode melhorar seu desenvolvimento e reduzir os sintomas do transtorno durante a infância. A terapia, no entanto, não é direcionada à criança, mas sim aos seus pais, que passam por uma espécie de treinamento para que estimulem a comunicação dos filhos.

O método testado pela pesquisa foi o Infant Start, desenvolvido na Universidade da Califórnia em Davis, Estados Unidos. Nele, pais de bebês com autismo aprendem formas de estimular a comunicação, a atenção, o aprendizado, a linguagem e a interação social dos filhos.

O estudo, publicado nesta terça-feira, contou com a participação de pais de sete crianças de 6 a 15 meses de vida que apresentavam sintomas relacionados ao autismo, como pouco contato visual, repetição de determinados movimentos e baixa disposição para a comunicação. Os pais, junto com os bebês, passaram por doze sessões de treinamento e, depois, foram acompanhados durante seis meses pelos pesquisadores para que continuassem seguindo o método corretamente.

As crianças voltaram a ser avaliadas dois e três anos após o início do estudo. O desenvolvimento delas foi comparado ao de outras com características diversas. Entre elas, crianças com autismo que só receberam tratamento após os três anos de idade e crianças sem o transtorno.

Segundo a pesquisa, seis das sete crianças que participaram do estudo chegaram aos três anos de idade com o desenvolvimento do aprendizado e da linguagem semelhante ao de crianças sem autismo. “A maioria das crianças com autismo nem ao menos recebeu o diagnóstico da doença nessa idade”, diz Sally Rogers, professora de psiquiatria e ciências comportamentais da Universidade da Califórnia em Davis e coordenadora do estudo.

O estudo, portanto, sugere que começar o tratamento de crianças com autismo de forma precoce diminui os problemas de desenvolvimento ao longo da infância. No entanto, como foi feito apenas com sete crianças, as descobertas precisam ser confirmadas por pesquisas maiores. Mesmo assim, a equipe considera que as conclusões foram importantes, pois mostraram uma redução significativa dos sintomas do transtorno nos primeiros anos de vida.

Seis fatores ambientais relacionados ao autismo

Uso de antidepressivos

O uso de antidepressivos durante a gravidez pode dobrar o risco do filho desenvolver autismo. Essa é a conclusão de um estudo realizado na Califórnia e publicado no periódico Archives of General Psychiatry em novembro de 2011, que envolveu 298 crianças com distúrbios do espectro do autismo (ASD, na sigla em inglês) e 1.507 crianças no grupo de controle. O uso de tais medicamentos foi relatado por 6,7% das mães de crianças autistas, contra 3,3% das mães no grupo de controle. Essa relação é considerada mais forte caso os medicamentos sejam utilizados no primeiro trimestre da gravidez.

Gripe ou febre persistente

Um estudo preliminar realizado com quase 96.736 crianças nascidas na Dinamarca entre 1997 e 2003, publicado em novembro de 2012 na revista americana Pediatrics, mostrou que a incidência de gripe ou febre prolongada durante a gravidez pode ser um fator de risco para o autismo.
De acordo com os pesquisadores, as crianças cujas mães tiveram gripe durante a gravidez tinham duas vezes mais chances de serem diagnosticadas com distúrbios do espectro do autismo (ASD) antes de completarem três anos de idade. No caso de febres com duração de uma semana ou mais, o risco pode ser até três vezes maior.

A motivação para a pesquisa surgiu de estudos em animais, que indicavam que a ativação do sistema imunológico da mãe durante a gravidez poderia afetar o desenvolvimento do cérebro da criança.

Obesidade, diabetes e pressão alta

Mães obesas têm chances maiores de ter filhos autistas. De acordo com um estudo publicado no periódico Pediatrics em abril de 2012, a obesidade materna aumenta em até 67% a chance da criança sofrer do distúrbio.
A pesquisa envolveu com 517 crianças com distúrbios do espectro do autismo (ASD, na sgila em inglês), 172 com distúrbios do desenvolvimento e 315 com desenvolvimento normal, nascidas na Califórnia entre janeiro de 2003 e junho de 2010, e mostrou que a incidência de diabetes, hipertensão e obesidade das mães era maior no grupo que apresentava a doença do que no grupo de controle.

Além disso, dentre as crianças com ASD, aquelas cujas mães tinham diabetes apresentavam dificuldades relacionadas à linguagem, em comparação com os filhos de mulheres não-diabéticas.

Vitamina D

Diversos estudos associam baixos níveis de vitamina D no sangue a doenças autoimunes. Um estudo publicado em agosto de 2012 no periódico Journal of Neuroinflammation aponta uma relação entre a falta dessa vitamina e o autismo
A pesquisa foi realizada com 50 crianças autistas, entre 5 e 12 anos, e 30 crianças com desenvolvimento normal. Entre as crianças com autismo, 88% delas tinham insuficiência ou deficiência (sendo a última a mais severa) de vitamina D. Ao mesmo tempo, 70% dos pacientes com a síndrome apresentaram níveis elevados do autoanticorpo denominado anti-MAG (glicoproteína associada à mielina). Autoanticorpos são células do sistema imunológico que atuam contra proteínas do próprio indivíduo que as produz, e por isso estão associados a doenças auto-imunes, como diabetes tipo 1 e lúpus sistêmico, por exemplo.

Os pesquisadores acreditam que a deficiência de vitamina D pode contribuir para a produção do autoanticorpo, mas a relação de tal vitamina com o autismo ainda não é clara.

Tabagismo

Fumar durante a gravidez está associado a distúrbios menos graves relacionados ao autismo, como a Síndrome de Asperger. Essa é a conclusão de um estudo realizado pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), nos EUA, que analisou dados de 633.989 crianças nascidas entre 1992 e 1998. Por outro lado, não foi identificada relação entre o fumo na gravidez e o autismo comum.

Poluição do ar

A poluição do ar é um fator ambiental que tem sido relacionado ao autismo por diversos estudos. Uma pesquisa de 2010, realizada na Califórnia, mostrou que crianças que viviam a menos de 300 metros de rodovias tinham o dobro de chance de desenvolver autismo do que aquelas que viviam mais longe.
Os mesmos pesquisadores publicaram um estudo em novembro de 2012, no periódico Archives of General Psychiatry, que aprofunda tais resultados. Participaram 279 crianças diagnosticadas com autismo e outras 245 que não apresentavam a doença. As mães informaram os endereços em que viveram durante a gestação e o primeiro ano da criança e os pesquisadores analisaram os níveis de poluição do ar em cada local. O resultado mostrou que as crianças que foram expostas aos maiores níveis de poluição causada por veículos tinham até três vezes mais chances de desenvolverem autismo.

Fonte: Veja

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Tratamento do TDAH?

 





Quais são as formas de tratamento do TDAH? 

O tratamento do TDAH consiste em psicoterapia e prescrição de metilfenidato (Ritalina) ou antidepressivos. 


A Rede D’Or possui hospitais espalhados por 6 estados brasileiros. Todas as instituições possuem selos de qualidade nacionais e internacionais, como o que é oferecido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que são uma garantia de excelência no atendimento hospitalar.


Ao todo, são mais de 80 mil médicos das mais diversas especialidades, disponíveis para auxiliar no tratamento e no diagnóstico de condições diversas.


Marque uma consulta

segunda-feira, 18 de abril de 2022

O que o amor tem a ver com o autismo?


 




Quando eu era mais jovem, meu contato com o amor romântico era o que eu via na ficção. Adorava filmes de romance. Principalmente, quando me identificava com a protagonista. Tinha crushes por atores famosos. Tudo como costuma acontecer com os adolescentes. Entretanto, eu não tinha coragem de chegar perto de nenhum garoto na vida real. E me perguntava o que o amor tem a ver com o autismo?

Na realidade, nessa fase, eram poucos os meninos com os quais eu conversava. Mesmo se tratando de amizade. Em geral, os rapazes tinham comportamentos muito diferentes de mim e das outras meninas. Assim, era mais difícil compreender seus gestos e atitudes.

A minha primeira paixão aconteceu aos 17 anos. Foi quando percebi a mistura de atração física e atração pela personalidade. No entanto, apesar de ser amiga do garoto, era um desafio entender seus interesses e senso de humor. Aliás, um desafio muito maior do que quando estava com minhas colegas do sexo feminino.

Amor no Espectro


Em entrevista à Revista Gama, a psicóloga e pesquisadora autista Dra. Táhcita Mizael observa que: primeiro, há uma dificuldade com o uso de ironias e metáforas comuns a relacionamentos. Além disso, autistas podem não conseguir evidenciar o interesse constante no parceiro. Ou seja, os jogos do flerte são desafiadores. É que eles envolvem habilidades de comunicação verbal e não verbal.

A arte de se relacionar

Amar e ser correspondida é uma experiência intensa. Vivenciar um romance nos tira de qualquer acomodação. Afinal, nos leva a sair da previsibilidade. Então, deixamos de ter o pensamento voltado apenas para os próprios desejos e necessidades. Dessa forma, é um convite à construção conjunta.

No caso de autistas, a experiência do amor ganha contornos ainda mais complexos. Para nós, já é desafiador entender, com clareza, os nossos sentimentos individuais. Imagina quando adicionamos uma outra pessoa ao nosso turbilhão bagunçado de emoções?

O doutor em Psicologia e autista Vicente Cassepp-Borges pondera, em artigo para “O Mundo Autista”: a hipersensibilidade é outro fator a ser considerado na relação entre amor e autismo. Portanto, autistas percebem e elaboram os sentimentos de maneira bem mais intensa que pessoas típicas. Logo, a instabilidade de um romance também, pode se manifestar intensamente.

Por isso, somente após os 20 anos de idade tentei alguns relacionamentos. A sensação de encontrar os “pretendentes” era esquisita demais. Sair com rapazes me deixava desconfortável. Por exemplo, parecia mais algo que eu precisava fazer porque todo mundo faz. E não uma possibilidade real de conhecer alguém com quem eu pudesse me envolver.

Assim, eu não tive nenhuma relação íntima durante a adolescência e início da vida adulta. Meu primeiro beijo, proposto por um amigo, só veio aos 22 anos. Embora sentisse atração pelo sexo masculino, cheguei a cogitar que eu fosse assexual. Tanto que o meu primeiro relacionamento com status de namoro se transformou em uma grande amizade.

Minha descoberta do amor


As relações que eu buscava me pareciam bem diferentes dos envolvimentos românticos mostrados nos filmes. As atitudes de muitos rapazes que se disseram interessados em mim, me fizeram mal. Sentia-me usada e enganada por eles. Na verdade, eu continuava a alimentar algumas paixões platônicas. Desse modo eu me conformava com a possibilidade de nunca ter um relacionamento sério.

Minha mãe dizia para eu não ficar ansiosa à espera de alguém. Ela usava a analogia de que, durante a enxurrada, os primeiros gravetos que aparecem são os mais frágeis. Os mais resistentes só aparecem depois. Da mesma forma, os primeiros homens que apareceram na minha vida, foram relações frágeis. Mas hoje, estou em um relacionamento com um homem maravilhoso. Ele me valoriza, me instiga a ser melhor e a construir uma nova história conjunta. Sem dúvida, isso é amor!

https://omundoautista.uai.com.br/o-que-o-amor-tem-a-ver-com-o-autismo/