A infância é uma fase de conhecimento do mundo, das outras pessoas e de si. Nesse momento, os aprendizados e as relações sociais são bastante importantes, pois vão ter influências por toda a vida, mesmo na fase adulta.
Mas e quando toda essa descoberta precisa ser feita em meio a uma mudança brusca da rotina? É isso que a pandemia do novo coronavírus está provocando: a necessidade de reorganizar e planejar as rotinas.
Se ficar em casa e dar conta da energia e curiosidade das crianças já é um desafio, quando elas têm Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), ele pode ficar ainda maior. Algumas dicas e sugestões de atividades para fazer em casa durante o isolamento vão ajudar neste momento!
O que é TDAH?
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, ou apenas TDAH, é um transtorno de neurodesenvolvimento bastante comum na infância — afetando entre 3% a 5% das crianças em idade escolar. As principais características manifestadas são desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade em níveis prejudiciais.
Ou seja, não é porque uma criança é bastante agitada que, necessariamente, ela tem TDAH. Aliás, o quadro pode ocorrer também com a ausência da hiperatividade.
Estudos demonstram que pacientes apresentam alterações na região frontal e suas conexões com o resto do cérebro, afetando a capacidade de controlar as respostas aos estímulos.
Ainda há dificuldades em fazer diagnósticos efetivos, logo que muitas crianças que apresentam o transtorno são interpretadas apenas como desatentas, agitadas ou até mal comportadas.
Além de agitação ou distração, o transtorno pode ter efeitos severos na vida social, afetiva e cognitiva. Como elas não conseguem manter o foco, o aprendizado e os estudos são comprometidos.
Sem um diagnóstico e assistências corretos, há uma tendência de a criança isolar-se socialmente, ser castigada pelas notas baixas ou reprimida de forma severa pelo suposto mau comportamento.
O tratamento então consiste em assistência multidisciplinar ao longo da vida, trabalhando de acordo com as necessidades particulares de cada paciente — e isso inclui o carinho, a atenção e a participação de toda a família.
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