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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, e agora?






Rotulados de preguiçosos, mal-educados, avoados, irresponsáveis ou rebeldes, na realidade há pessoas que podem registrar um funcionamento cerebral diferente, que a faz agir dessa forma. O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou simplesmente TDA é caracterizado por sintomas como a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade. Para entender melhor sobre o assunto e como o professor pode lidar com o transtorno em sala de aula, a Revista Appai Educar conversou com o neurologista infantil Milton Genes e a psicopedagoga Rita Thompson.

De acordo com os especialistas, o TDAH é um transtorno mental crônico, neurobiológico, multifatorial, muito comum na infância e de grande impacto sobre o portador, a família e a sociedade. “É um transtorno de desenvolvimento do autocontrole, que consiste em problemas com os períodos de atenção, com o controle do impulso e com o nível de atividade. Até o momento, a causa não é totalmente conhecida, existindo várias teorias para o seu aparecimento, tais como: predisposição genética, anormalidades nos gânglios da base e comprometimento do lobo frontal, esse último justamente uma região relacionada à inibição de comportamentos inadequados, à capacidade de prestar atenção, ao autocontrole e ao planejamento”, explicam.

Segundo informações das publicações Classificação Internacional das Doenças (1992) e do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (2013), a prevalência do transtorno acontece em 3 a 7% das crianças em idade escolar, ficando a média no Brasil em torno de 5,8%. O início é precoce, geralmente antes dos cinco anos de idade. Ocorre mais em meninos do que em meninas, sendo o tipo hiperativo mais frequente neles e o desatento, mais comum nelas.

“O TDAH é um transtorno mental crônico, neurobiológico, multifatorial, muito comum na infância e de grande impacto sobre o portador, a família e a sociedade.”

Os especialistas explicam que, em função do elevado nível de comorbidades, o TDAH torna-se um diagnóstico de difícil conclusão e presente em quadros nos quais outras patologias estão instaladas. Comorbidade é definida como a presença de dois diferentes diagnósticos ao mesmo tempo. Dois terços das crianças portadoras de TDAH apresentam comorbidades como:



Em adultos, o transtorno afeta a vida pessoal e profissional?
De acordo com os especialistas, o TDAH não é restrito à infância. Pelo menos 50% das crianças com TDAH continuam a apresentar o quadro quando adultas, constituindo o transtorno neuropsiquiátrico não diagnosticado mais presente. Os sintomas de TDAH se modificam com a maturidade. Relatos de adultos com TDAH apontam dificuldades nos sintomas de mudanças frequentes das atividades, irritabilidade, impaciência e agitação, além de problemas no local de trabalho, no funcionamento social, nos relacionamentos e casamentos. É comum que mudem frequentemente de emprego e apresentem desempenho ruim. Além disso, tendem a ficar impacientes, considerar as tarefas repetitivas e entediantes com o passar do tempo e a demonstrar inquietude e tédio.

As consequências individuais (incluindo a baixa autoestima), familiares e sociais geram sempre algum grau de incapacidade e sofrimento, associado a prejuízo significativo do desempenho pessoal e profissional. Dentre os vários domínios afetados, o que demonstrou maior comprometimento foi o da educação. É comum que adultos com TDAH tenham menos anos de estudo do que indivíduos que não apresentam o transtorno. Apenas 75% completam o Ensino Médio e poucos terminam a faculdade. Pesquisas mostram que existe maior possibilidade de acidentes com portadores durante o ato de dirigir ou operar veículos motores, e também apontam para problemas de gerenciamento dos recursos financeiros, como deixar de pagar contas ou honrar compromissos, dificuldades em guardar dinheiro, comprar por impulso etc.



https://www.appai.org.br/transtorno-do-deficit-de-atencao-e-hiperatividade-e-agora/