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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Portadores de TDAH sofrem preconceito


Taxados de impulsivos, desatentos e agitados, portadores de TDAH sofrem preconceito

por Andréia Lédio


"Minha filha vivia no mundo-da-lua, era pouco sociável e tímida. Eu sempre recebia bilhetinhos de advertência sobre seu comportamento disperso na sala de aula. Mas quando a psicóloga fez o primeiro laudo de Taís e diagnosticou que ela tinha TDAH, meu mundo desabou!" A mãe Viviane Gajardo relembra o momento em que descobriu que sua caçula, de 11 anos, não era somente uma garota distraída e desatenta, mas portadora do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade [TDAH]. "Chorei muito, pois me sentia culpada por não ter percebido o problema antes e poupado minha filha de tantas frustrações e preconceito.


De acordo com a psiquiatra Lídia Straus, a inexistência de exames laboratoriais dificulta a identificação precoce do transtorno. "O único instrumento para diagnosticar o TDAH é a observação. Alguns indícios começam bem cedo: já no primeiro ano de vida podemos identificar bebês que não conseguem estabelecer um ritmo de mamada, que se irritam facilmente e dormem muito pouco", explica a médica, que informa, ainda, que o diagnóstico é feito a partir dos cinco anos - quando a criança atinge certa sociabilidade e também está na idade escolar. "Para o TDAH ser diagnosticado, os sintomas devem aparecer em mais de um ambiente: em casa, na escola, no clube, em casa de amigos..."

"Às vezes o aluno com TDAH não tem paciência ou se distrai e não responde à questão da prova. Mas se o teste for oral, ele se sairá muito bem", exemplifica a fonoaudióloga Fernanda Almeida. Entretanto, a especialista alerta para o cuidado em confundir o TDAH com má-educação e falta de limites. "Muitas vezes chegam casos de crianças que não têm TDAH, mas a ausência da figura dos pais, da autoridade, de limites e respeito. Portanto, é preciso que familiares e educadores fiquem atentos para que possam fazer essa diferenciação."

_na idade adulta
Durante muitos anos, pensou-se que o TDAH era uma síndrome exclusiva da infância. Porém, com o aprofundamento das pesquisas, os cientistas concluíram que o quadro neurobiológico é genético e seu curso é crônico. De acordo com o presidente da Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o psiquiatra Paulo Mattos, cerca de 70% das crianças portadoras continuam a apresentar os sintomas do transtorno quando crescem.

Há menos de um ano, o mineiro Leonardo Rocha Pena se descobriu portador de TDAH. "Procurei um psicólogo, pois estava muito deprimido, com problemas conjugais e me surpreendi com o comentário do profissional ao falar que eu era um TDAH em potencial."

Apesar da surpresa desagradável, o contabilista de 33 anos afirma que se sentiu aliviado com a notícia. "Por saber que durante toda a minha vida fui tratado como um problema e, de repente, descobri que, em boa parte, as coisas aconteceram devido a um transtorno. Eu sempre fui diferente, mas agora estava encontrando o meu lugar."

A pedagoga e pesquisadora do Centro de Neuropedatria do Hospital das Clínicas de Curitiba Maria Cristina Bromberg, afirma que quanto mais tarde o problema é diagnosticado, maiores os prejuízos sociais, educacionais e psicológicos, pois o adulto não diagnosticado na infância cresce sem ter consciência da causa do seu comportamento e sem a possibilidade de criar ajustes na sua maneira individual de ser.

_saiba mais
Assim que soube da notícia sobre o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade, Leonardo Rocha Pena criou um blog. Lá, compartilha experiências e repassa informações e explicações, além de sugerir eventos. Tudo relacionado ao TDAH. Para visitar, clique aqui.

Outra dica é navegar na página oficial da Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA: http://www.tdah.org.br/

_intervenção multidisciplinar
Para o psiquiatra João Artur Winkelman, após diagnosticado o TDAH, o medicamento deve ser necessariamente prescrito. "O remédio abrevia o sofrimento e melhora a qualidade de vida", garante.

Além da abordagem farmacológica, o tratamento do TDAH envolve ainda o acompanhamento psicoterápico e psicossocial. Essa combinação de tratamento, que engloba profissionais das área médica, de saúde mental e emocional, é denominada de intervenção multidisciplinar.

Leonardo Pena enfatiza que informações sobre o transtorno, dados de como interfere no comportamento e das possibilidades de melhora são essenciais para a evolução do quadro. "O tratamento em si é um auxílio enorme, mas não podemos acreditar que apenas ele resolve o problema. O que acredito ser primordial para a melhora do quadro de TDAH é a pessoa aceitar o transtorno."


Leonardo Pena - na foto, com a filha Isabella - foi diagnosticado depois de adulto. Hoje, se diz mais feliz por poder entender seu comportamento no passado

Fonte do texto e Imagens de pesquisa
http://www.revistaparadoxo.com/

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Hiperatividade na Escola:


Hiperatividade na Escola: Algumas Orientações de Como Trabalhar em Sala de Aula




A criança hiperativa mostra um grau de atividade maior que outras crianças da mesma faixa etária. Ou seja, há um grau usual de atividade motora que é padrão em crianças - que não é hiperatividade patológica.

A diferença é que a criança hiperativa mostra um excesso de comportamentos, em relação às outras crianças, mostrando também dificuldade em manter a atenção concentrada, impulsividade e Ansiedade, inquietação, euforia e distração freqüentes podem significar mais do que uma fase na vida de uma criança: os exageros de conduta diferenciam quem vive um momento atípico daqueles que sofrem de Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), doença precoce e crônica que provoca falhas nas funções do cérebro responsáveis pela atenção e memória.

Dicas para o professor lidar com hiperativos

- Evite colocar alunos nos cantos da sala, onde a reverberação do som é maior. Eles devem ficar nas primeiras carteiras das fileiras do centro da classe, e de costas para ela;

- Faça com que a rotina na classe seja clara e previsível, crianças com TDAH têm dificuldade de se ajustar a mudanças de rotina;

- Afaste-as de portas e janelas para evitar que se distraiam com outros estímulos; - Deixe-as perto de fontes de luz para que possam enxergar bem;

- Não fale de costas, mantenha sempre o contato visual;

- Intercale atividades de alto e baixo interesse durante o dia, em vez de concentrar o mesmo tipo de tarefa em um só período;

- Repita ordens e instruções; faça frases curtas e peça ao aluno para repeti-las, certificando-se de que ele entendeu;

- Procure dar supervisão adicional aproveitando intervalo entre aulas ou durante tarefas longas e reuniões;

- Permita movimento na sala de aula. Peça à criança para buscar materiais, apagar o quadro, recolher trabalhos. Assim ela pode sair da sala quando estiver mais agitada e recuperar o auto-controle;

- Esteja sempre em contato com os pais: anote no caderno do aluno as tarefas escolares, mande bilhetes diários ou semanais e peça aos responsáveis que leiam as anotações;

- O aluno deve ter reforços positivos quando for bem sucedido. Isso ajuda a elevar sua auto-estima. Procure elogiar ou incentivar o que aquele aluno tem de bom e valioso;

- Crianças hiperativas produzem melhor em salas de aula pequenas. Um professor para cada oito alunos é indicado;

- Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;

- Proporcione um ambiente acolhedor, demonstrando calor e contato físico de maneira equilibrada e, se possível, fazer os colegas também terem a mesma atitude;

- Nunca provoque constrangimento ou menospreze o aluno;
- Proporcione trabalho de aprendizagem em grupos pequenos e favoreça oportunidades sociais. Grande parte das crianças com TDAH consegue melhores resultados acadêmicos, comportamentais e sociais quando no meio de grupos pequenos;
- Adapte suas expectativas quanto à criança, levando em consideração as deficiências e inabilidades decorrentes do TDAH. Por exemplo: se o aluno tem um tempo de atenção muito curto, não espere que se concentre em apenas uma tarefa durante todo o período da aula;
- Proporcione exercícios de consciência e treinamento dos hábitos sociais da comunidade. Avaliação freqüente sobre o impacto do comportamento da criança sobre ela mesma e sobre os outros ajuda bastante.
- Coloque limites claros e objetivos; tenha umaatitude disciplinar equilibrada e proporcione avaliação freqüente, com sugestões concretas e que ajudem a desenvolver um comportamento adequado;
- Desenvolva um repertório de atividades físicas para a turma toda, como exercícios de alongamento ou isométricos;
- Repare se a criança se isola durante situações recreativas barulhentas. Isso pode ser um sinal de dificuldades: de coordenação ou audição, que exigem uma intervenção adicional.
- Desenvolva métodos variados utilizando apelos sensoriais diferentes (som, visão, tato) para ser bem sucedido ao ensinar uma criança com TDAH. No entanto, quando as novas experiências envolvem uma miríade de sensações (sons múltiplos, movimentos, emoções ou cores), esse aluno provavelmente precisará de tempo extra para completar sua tarefa.
- Não seja mártir! Reconheça os limites da sua tolerância e modifique o programa da criança com TDAH até o ponto de se sentir confortável. O fato de fazer mais do que realmente quer fazer, traz ressentimento e frustração.
- Permaneça em comunicação constante com o psicólogo ou orientador da escola. Ele é a melhor ligação entre a escola, os pais e o médico.

Por Dirce Porto
http://topediatrica.blogspot.com/2011/01/como-identificar-e-trabalhar-crianca.html