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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Hiperatividade, TDAH e medicalização na escola







Nos últimos anos, a hiperatividade tão temida pela escola ganhou contornos clínicos; foi categorizada como Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade pelo DSM-IV-TR, sendo então identificada como condição passível a tratamento.

As atuais descobertas científicas sobre o TDAH sem dúvida trouxeram alívio para muitas pessoas que sofriam a anos com essa condição sem entender bem o por quê. As pesquisas com novos medicamentos e novas técnicas de terapia são louváveis e proporcionaram o bem estar de muitas pessoas.

Agora o diagnóstico trouxe alívio também para aquela angústia do pai cujo filho enfrenta o fracasso escolar.Com o diagnóstico de TDAH, o fracasso tem uma atribuição clara. Caí numa compartimentalização biomédica, onde o sujeito é acometido por uma doença passível de tratamento. A Ritalina ou o Conserta (sendo o nome desse último ao meu ver uma grande irônia pessoal do pesquisador que o desenvolveu) ganham espaço e largo uso nas escolas, especialmente nas particulares - onde o poder aquisitivo é mais alto.

Tais remédios se tornaram uma panacéia, onde a escola é bombardeada por laudos médicos e psiquiátricos confirmando o TDAH e a medicalização desde a tenra infância. Uma vez que o uso da medicação se prolongará até a vida adulta do indivíduo, o uso da subtância azeitará a presença deste no sistema profissional que o aluno vai se inserir em alguns anos.

Nesta situação, acredito que o psicólogo escolar possui um papel um tanto delicado. Não está em nossa alçada questionar tais diagnósticos e/ou laudos recebidos por outros profissionais. Contudo é obrigação desenvolver atividades e espaços na escola onde aquele aluno possam refletir e se debruçar sobre os ditos sintomas de TDAH; quiça evitar o uso ou até mesmo o abuso da medicação.

Já é muito presente na literatura os avanços que indivíduos com TDAH fazem a partir de terapia cognitivista, que visa justamente ensiná-los a ordenar e organizar sua rotina de forma a melhor conviver com sua distração e dificuldade de manter o foco. Ou seja, há alternativa ao medicamento, seja na escolha do uso ou da dosagem. Sem dúvida, a medicação pode ser uma ferramenta de auxílio importante. Contudo, deve ser uma ferramenta e não esgotar outras possibilidades de solução para o problema.

O psicólogo escolar, a partir de seus saberes sobre o TDAH e sobre o próprio funcionamento da escola, deve desenvolver atividades pedagógicas que contemplem tal condição. Devem estabelecer, junto aos professores, um plano pedagógico que atenda as necessidades daquele aluno. Sentar mais próximo ao professor, diálogo mais direto com os pais, atenção especial dos professores, etc, seriam alguns exemplos do que poderia ser feito.

São muitos os casos de pacientes que foram medicados fortemente quando criança para controle da hiperatividade e que na vida adulta desenvolveram índices altíssimos de depressão dentre outros problemas tão graves quanto.

Por que então que a escola não pode abraçar sua heterogeneidade e oferecer também espaços de manifestação da criatividade desse aluno ao invés de simplesmente enquadrá-los no modelo formal


http://meulugarnaescola.blogspot.com/2010/08/hiperatividade-tdah-e-medicalizacao-na.html

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