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sábado, 15 de março de 2014

Verdades e mitos sobre o TDAH










Foi numa aula de psicologia cognitivo-comportamental que comecei a desconfiar que o TDAH me acompanhava desde a infância. Ao falar sobre o transtorno, a professora parecia estar descrevendo minha vida. Ao mesmo tempo que tal suspeita me provocou uma certa apreensão, saber que todas as minhas peripécias tinham um nome me deu um certo alívio.

Sempre soube que havia algo errado comigo, mas jamais atribuí o problema a um determinado transtorno, vivia acreditando que meus comportamentos se davam por pura falta de comprometimento com as tarefas que realizava, relaxo, preguiça e coisas do tipo. Na família ganhava apelidos como "pancada" o qual perdura até os dias de hoje, na escola, as professoras diziam que eu era muito inteligente, porém muito desatenta, e dessa maneira, tinha um desempenho satisfatório porém aquém do esperado, o que, de certa forma, contribuiu para que ninguém levantasse a suspeita da ocorrência de um transtorno, pois nunca tive dificuldades para alcançar a média. E acredito que essa possa ser a biografia de muitas pessoas que identificam em si múltiplas capacidades, porém parecem sempre estar se auto sabotando.

Desde então, venho frequentando cursos, palestras e lendo várias publicações científicas a cerca do tema e atualmente fazendo uma especialização em neuropsicologia na USP.

Hoje, com mais experiência no assunto, posso afirmar que toda essa divulgação que a mídia vem fazendo a respeito do excesso de diagnóstico desse transtorno é tão grave quanto a ausência do mesmo. Pois a mídia, principalmente a televisiva, tem um papel fundamental na construção da subjetividade da grande maioria da população, e essa se encontra aterrorizada com todas essas publicações. Acredito até que haja alguns diagnósticos equivocados, porém não menos grave é a população, que por influência de uma mídia irresponsável, está deixando de buscar o tratamento adequado que, em muitos casos, prevê uma implementação medicamentosa.

Dessa maneira, sinto-me na obrigação de fazer esse alerta, uma vez que passei muitos anos da minha vida sem esse diagnóstico que foi de suma importância para que hoje eu pudesse seguir na minha profissão com sucesso.

Sendo assim, faz-se importante a busca por profissionais capacitados para o fechamento desse diagnóstico que deve se dar de modo multidisciplinar, afim de evitar equívocos e ter uma orientação adequada de como conduzir.

Texto por Viviane Cornachini

http://www.tdah.net.br/

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