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domingo, 25 de julho de 2021

ALUNO COM TDAH – PUNIR OU AJUDAR?


“Por que ele nunca aprende, mesmo com castigo”


Você já falou ao celular enquanto estava dirigindo, mesmo sabendo que isso é proibido e perigoso?


E quando viu um guarda de trânsito, o que fez? Desligou ou escondeu o celular, não é mesmo?


E depois que o guarda estava distante, voltou a falar no celular, não é mesmo?


Esse é um exemplo simples de uma regra importante: a punição só funciona quando o agente que pune está presente. Na sua ausência, o comportamento desejado não se mantém. Portanto, adianta pouco punir isoladamente para mudar um comportamento.


As crianças e jovens com TDAH vão necessitar de monitoramento frequente dos pais durante boa parte da infância e da adolescência para que se adaptem aos limites que a vida em sociedade impõe.


Se você mora no meio do mato, isolado de todos, tudo bem. Caso contrário, lembre-se de que seu filho terá que viver de acordo com regras. Em função de suas dificuldades de atenção, da impulsividade e da hiperatividade, ele estará sempre sendo punido por infringir regras.


A tendência tanto dos pais quanto dos professores é advertir, irritar-se com eles e castigar.


Os colegas também podem ir se afastando, porque ele não espera a vez nos jogos, se intromete nos assuntos dos outros, atrapalha a aula o tempo todo, entre outros comportamentos incômodos.


O sistema educacional tradicional penaliza e pune quem tem TDAH, pois exige que os alunos permaneçam quietos, que sempre sigam todas as regras, que mantenham a atenção por horas seguidas e que sejam avaliados por provas monótonas e sem permissão para interrupções. Sem falar nas matérias chatíssimas e coisas um tanto sem sentido que ainda nos ensinam nas escolas.


O resultado disso são advertências constantes e notas baixas, mesmo quando o aluno se esforçou e tentou estudar.


A maioria das pessoas que convive com o portador do TDAH, incluindo pais e professores, tende a confundir incapacidade de fazer o correto com falta de desejo de fazer o correto.


É sempre bom ter como medida de avaliação o quanto ele ( o aluno) se esforçou para fazer alguma coisa e não o resultado final. Parece óbvio, mas não é o que acontece.


Ter TDAH significa ter sempre que se desculpar por ter quebrado ou mexido em algo que não deveria, por fazer comentários fora de hora, por não ter sido suficientemente organizado, por “esquecer” coisas, por perder objetos importantes. Significa estar sempre nervoso pela nota, ter que abrir mão do tempo de lazer para concluir as tarefas escolares – nada consegue ser terminado no tempo previamente planejado, que chateação! -, e dizer coisas das quais depois se arrepende. Ou seja, significa ser responsabilizado por coisas sobre as quais, na verdade, se tem pouco controle! Torna-se inevitável a sensação de que se é um sujeito meio inadequado.


Quando o TDAH se manifesta na apresentação com predomínio de desatenção, sua detecção pode ser mais difícil e essas crianças podem ser encaradas por pais e professores apenas como indolentes, preguiçosas, burras ou “limitadas”.  Tiram Elas mesmas podem começar a se perceber dessa forma. Afinal, assistem às mesmas aulas que as demais, mas são mais lentas para fazer as tarefas, requerem aulas particulares, horas extras de estudo e, ainda assim, tiram notas baixas!


Isso gera o sentimento de que não importa o quanto se esforcem, estão predestinadas a falhar.


Isso provoca baixa autoestima, desinteresse pelos estudos e ansiedade.


Assim, em vez de criticar seu filho por aquilo que ele não consegue fazer, é melhor elogiá-lo no momento em que ele consegue fazer as coisas de forma adequada, mesmo que sejam poucas.


Reforço positivo (elogio) é mais eficaz do que reforço negativo ( punição)


Em vez de ressaltar suas falhas, você deve evidenciar o que ele tem de bom, seus progressos e a capacidade que tem de melhorar quando se empenha. Em vez de criticá-lo quando ele se intromete em sua conversa, elogie quando ele consegue esperar que você termine. Os elogios sempre ajudam a promover a autoestima, enquanto as críticas e os castigos geram frustração e sentimento de inadequação. Inúmeras pesquisas mostram que quando se começa a elogiar determinado comportamento adequado nas pessoas, mesmo sem criticar um outro comportamento inadequado simultâneo, ele tende a aumentar com o passar do tempo e o comportamento inadequado tende a diminuir.


Pense em como seu filho e seualuno se sente por não atender às suas expectativas e não exija dele mais do que ele pode dar.


Não há como Incluir pessoas com TDAH, se voce não tiver em mente a diferença clara entre “ele não faz porque não quer” de “ele não faz porque não consegue”.


Lembre-se: ele faria melhor se pudesse e a sua missão ajudá-lo no processo de superação.


Iane Kestelman


Psicóloga e Presidente voluntária da ABDA


https://tdah.org.br/aluno-com-tdah-punir-ou-ajudar/


 


 


 

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