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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Depressão!

Nina tinha os cabelos embaraçados, grudados na testa, engordurados. Aliás, seu corpo e sua alma estavam grudados na cama. Há três dias não ia a faculdade, não tomava banho, não tinha fome, não queria nada. Foi quando achou, embaixo do travesseiro, o jornal de domingo. Já era quarta-feira, mas o jornal de domingo. O tempo passou na janela e só Nina não viu...

Depressão, murmurava a mãe no telefone enquanto Nina lia com displicência uma matéria no jornal: “ Descoberto gene responsável pela neurose”. A matéria falava sobre a serotonina, poderoso neurotransmissor dotado de propriedades antidepressivas.

A reabsorção da serotonina, depois de secretada pela célula nervosa, em nível inferior ao ideal, seria responsável pela depressão, Nina começou a questionar o seu nome. Tinha a sensação de que faltava alguma coisa, que o seu nome estava partido, parecia apelido, um teco de nome. E Nina quis alguma coisa, quis contar a sua história. Segundos depois de DESPERTADA PELO SONHO, ansiedade, pessimismo, medo e outras mazelas humanas.

Nina pôs um pé fora da cama. Pensou: eu sabia que estava me faltando alguma coisa.

Amanhã vou ao médico. Pôs o pé dentro da cama, virou de lado e dormiu. Mas teve um sonho que arrancou da cama, direto para o divã de um analista. Sonhou que seu nome era Serotonina! Na sala de aula, o professor fazendo chamada: Serotonina. E ela levantado a mão: presente! O sonho foi um presente da divina providência. Nem sabia que analista trabalha analisando sonhos. Tão pouco sabia a diferença entre psiquiatria e psicanalista. Para ela, era tudo a mesma coisa. Mesmo assim, foi capaz de brincar com sua desgraça: -psiquiatra é o que cuida de “quando falta serotonina” e psicanalista é o que ouve o que falta à Nina.

Obs: esta é uma história fictícia, mas semelhante ao modo como os pacientes chegam à análise.

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